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domingo, 5 de junho de 2011

MEIO RURAL BRASILEIRO

Olá queridos amigos do Impactogeo!

Como sempre, não poderia deixar de atender a um pedido de um querido amigo e aluno, Graco Miranda, que me solicitou algo sobre o tema Meio Rural Brasileiro, elaborei este post sobre a temática pedida. Fiz mais ainda grande amigo Graco, fui até os conceitos essencias para que vc entenda o tema na Geografia do Brasil. Espero que tanto o meu querido amigo quanto vcs curtam bastante o tema, pois é muito cobrado em vestibulares e no último ENEM foi abordado em uma questão. Logo após a explicação trarei exercícios referentes ao tema.

Abraço a todos e curtam o post, pois foi feito com todo carinho por este que vos fala....

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Durante séculos, as sociedades rurais predominaram sobre as urbanas. Hoje, dá-se o inverso. Nas sociedades urbanas, a população dedica-se a outras atividades não rurais, cabendo ao campo sustentar o enorme contigente populacional da atualidade e fornecer matérias-primas para as indústrias.






 1. AS ATIVIDADES RURAIS

Constantemente observamos o enorme grau de importância que adquirem as cidades, devido à sua concentração populacional e às atividades que nelas se desenvolvem.

Por outro lado, nas áreas rurais do globo também tem lugar um conjunto diversificado de atividades, indispensáveis à sobrevivência humana e à própria existência das cidades.

Nesse sentido, "rural" deve ser entendido como do campo. Portanto, as atividades rurais não são apenas agrícolas (que no sentido amplo engloba o cultivo da terra, a criação e a própria coleta de frutos e cereais, etc). As zonas rurais, como, por exemplo, as usinas de açúcar, além disso, ali se desenvolveram também atividade artesanais e comerciais.

As práticas agrícolas e a forma como evoluem não são uniformes no mundo. Tais mudanças ocorrem de forma mais lenta, pois a zona rural conserva os arcaísmos durante mais tempo que o meio industrial e urbano.

Nos países ricos essa evolução já ocorreu há muito tempo, pois a sua agricultura já obedece aos padrões capitalistas de produção, com tecnologia de ponta, não restando nada de antigo em sua estrutura.

Nossa agricultura ainda passa por momentos de evolução, com pouca produção em alguns setores e imensa tecnologia em produções voltadas para exportação como a agricultura da soja, produção de laranjas etc.

Podemos dizer que o Brasil, como país emergente, convive com as estruturas tradicionais e modernas. Vamos verificar as diferenças entra as duas:

A) Tradicional

       - A terra e o trabalho são os principais fatores de produção;
       - Há investimento de 80% ou 90% do total da atividade agrícola no valor da terra;
       - A terra é o principal indicador de status socioeconômico.

B) Moderna

       - O capital é o principal fator de produção;
       - Há a utilização de grandes tecnologias e técnicas sofisticadas de produção;
       - Grande importância aos insumos agrícolas (máquinas, fertilizantes, pesticidas, etc.)
        - Uso de técnicas de cultivo, com proteção ao solo e à lavoura;
        - Uso intensivo de adubos, fertilizantes, corretivose defensivos agrícolas;
        - Apresentação de uma rede de transportes estruturada, permitindo rápido acesso entre as áreas de produção e de consumo;
         - Utilização da pesquisa agronômica com o objetivo de aperfeiçoamento genético das espécies.
           

2. SISTEMAS AGRÍCOLAS


A) Agricultura intensiva: possui uma presença forte do capital, indicando uma produção mecanizada e com tecnologia aplicada. Exige uma mão-de-obra mais especializada e consequentemente em menor quantidade, devido ao uso de máquinas.

B) Agricultura extensiva: possui como elemento mais importante a terra, sendo organizada de forma mais arcaica. Não exige uma maior especialização por parte da mão-de-obra, podendo se utilizar de uma maior quantidade de trabalhadores.



3. AS ATIVIDADES AGRÍCOLAS

A) Agricultura de subsistência 

     - Produção destinada ao grupo produtor, gerando pequeno ou quase nenhum excedente capaz de ser comercializado;
      - Comum em áreas pobres, com uso de técnicas antigas de produção;
      - Escassez de capital para investimentos na produção;
      - Baseada no uso da mão-de-obra familiar;
      - Plantação de um ou dois produtos, gerando posteriormente uma subnutrição.

B) Agricultura comercial

      - Comandado pelo mercado, o qual escolhe os produtos;
      - Típica dos países capitalistas desenvolvidos.

C) Agroindústria

      - Suas lavouras são voltadas para a indústria que beneficia os produtos;
      - Exemplo: Indústria de suco de laranja no interior paulista ou de maçãs em Santa Catarina

D) Agricultura de Jardinagem

     - Baixo grau de mecanização;
     - Grande quantidade de mão-de-obra;
     - Cuidados manuais intensivos;
     - Ocorre em pequenas propriedades;
     - Típica de países asiáticos.

E) Agricultura em curvas de nível

     - Utilizada em áreas de relevo acidentado;
     - Uso intenso de adubos;

F) Agricultura itinerante ou "de roça"

     - Utilizada nas áreas intertropicais;
     - Realizada de forma arcaica;
     - Não possui recursos técnicos;
     - Uso intensivo do solo até seu esgotamento;
     - Utilização de queimadas para limpeza do solo;
     - Uso de "roças" de mandioca e milho.

G) Agricultura de Plantation

      - Áreas tropicais;
      - Uso de grandes áreas (latifúndios) de monoculturas voltadas para a exportação;
      - Mão-de-obra abundante e desqualificada;
      - No Brasil, foi utilizada na cultura da cana-de-açúcar e de café;
      - Ocupam as melhores terras e destina-se à produção para exportação.
      - Nos EUA, utiliza-se o sistema de cinturões agrícolas (belts).


4. O ESPAÇO RURAL NO BRASIL

A ascensão da ruralidade no imaginário nacional (tanto econômico quanto social) é expressa por meio de manifestações culturais como a música, especialmente pela chamada música “sertaneja”.

O agronegócio e seus rendimentos apresentam o rural como um importante setor econômico para o país. Prova disto é que o Produto Interno Bruto (PIB) rural aumentou, em 2004, 5% em relação ao ano anterior. Além disso, os negócios agrícolas são fundamentais para a economia brasileira, já que movimentaram 458 bilhões de reais, geram 117 milhões de empregos e renderam 42% das exportações em 2010.

Produtos como a soja, o café, a laranja e a cana-de-açúcar, entre muitos, têm possibilitado ao país uma posição de destaque na produção primária mundial. Apesar disto, a visão “produtivista” do rural já não é mais hegemônica, cedendo lugar para outros aspectos que chegam a ser chamados de “nova ruralidade”, entre muitos neologismos.